Santa Maria tem uma drástica redução no número de testes para Covid-19; saiba quais são os impactos

Santa Maria tem uma drástica redução no número de testes para Covid-19; saiba quais são os impactos

Foto: Marcelo Oliveira (Arquivo Diário)

Há pouco mais de dois anos, filas se formavam no dia anterior ao de aplicação das vacinas para Covid-19. Se não a pé, famílias permaneciam em seus carros até receber a dose tão esperada. Hoje, o cenário parece distante e não é só pela vacinação. Em Santa Maria, há reduções na testagem, nos casos notificados e nos óbitos.  Ao mesmo tempo, novas variantes começam a circular no país, como é o caso da Éris, e a ciência busca respostas quanto ao avanço e a característica do seu contágio 



Os santa-marienses reduziram cerca de 91,9% a ida até pontos de testes. Os números correspondem de junho a agosto deste ano, com relação ao mesmo período de 2022. Em média, são feitos 10 a 15 por dia. 


Estes são dados da rede pública e privada de saúde, que demonstram 1,9 mil testes (jun/agos de 2023).  Ao tempo que foram registrados  24,6 mil no mesmo período em 2022. 


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“Infelizmente teve uma queda na oferta de testes”, diz infectologista 

Na definição do médico especialista em medicina preventiva e social/epidemiologia, Marcos Lobato, a demanda por testes para Covid-19 é gerada espontaneamente quando a população vai no laboratório, farmácia, posto de saúde e faz os testes. Mas não só por esta via, na sua percepção. 


– Também quando os profissionais de saúde, em particular os médicos, desconfiarem e pedirem para as pessoas fazerem as coletas de exame. E a gente tem notado que a tendência é normalizar e termos uma diminuição do interesse em diagnosticar melhor – complementa o infectologista. 


Outra preocupação de Lobato é o número de registros de internações versus os números de testes para Covid-19, pois a regra seria que todo o paciente que interna por alguma síndrome respiratória teria que fazer esses exames.  


Os desafios de monitorar e prevenir 

Pedro Piegas (Arquivo Diário)

Março deste ano marcou três anos que a Covid-19 forçou o isolamento à população santa-mariense, como em tantas outras comunidades do Brasil. Com o tempo, o cenário foi se modificando, como é o caso da decisão de uma das principais organizações que gerenciou a crise pandêmica do Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS). Há quatro meses, ela decretou o fim da emergência de saúde pública global. 


Já na última segunda-feira (2), na Suécia, Katalin Karikó, de 68 anos, e Drew Weissman, 64, receberam o Prêmio Nobel de Medicina de 2023. A húngara e o norte-americano são os nomes da medicina que permitiram o desenvolvimento de vacinas eficazes contra a Covid-19. 


O desafio contínuo, nas palavras do médico especialista em medicina preventiva e social/epidemiologia e professor da Universidade Federal de Santa Maria,  Marcos Lobato, é monitorar os vírus o mais rápido possível. 


– Temos que continuar fazendo exame, fazendo vigilância, identificando as novas variantes e os lugares. São medidas de saúde pública para nos prepararmos e não sermos pegos de surpresa novamente – chama atenção Lobato. 



Número de notificações 

O menor número de testes também impacta nas notificações da doença. Em média, no site da prefeitura, são de 20 a 30 casos notificados de Covid-19. Conforme a Secretaria de Saúde, esta média aparece desde maio. 


Internações e óbitos 

Entre julho e agosto de 2023, ocorreram duas internações por Covid-19. Entre elas, um paciente que faleceu em 23 de agosto deste ano – o último registro de óbito por covid-19 no município. Com a perda, são 1.017 mortos pela doença. 


Vacinação 

Foto: Nathália Schneider (Diário)

Mais de 90% da população de Santa Maria está com esquema primário completo, que é referente à primeira e segunda doses. A faixa etária em que menos se avançou é a das crianças. 


Atualmente,  é disponibilizada a vacina bivalente como reforço para 18 anos ou mais, que tenham pelo menos duas doses há 4 meses. Para crianças, são doses da Pfizer, conforme idade, e CoronaVac para primeiras, segundas e terceiras doses.


As vacinas bivalentes contam com cepas atualizadas contra o coronavírus, incluindo a proteção contra a variante Ômicron. Para fazer essa dose, a pessoa precisa ter concluído, ao menos, o esquema primário da vacinação contra a Covid-19, que é composto por duas doses ou dose única das vacinas monovalentes feitas há mais de quatro meses. 


E agora, qual a orientação?

Foto: Marcelo Oliveira (Arquivo Diário)

A prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, reforça a vacinação em todas as idades, como em crianças e adolescentes, bem como a dose de reforço e da vacina bivalente, contra novas cepas da Covid-19. A enfermeira responsável pelo Setor de Imunização da Prefeitura, Cecilia Pedro, fortalece o chamado para a população: 


– Que as pessoas busquem completar o esquema básico de duas doses. As doses de reforço estão disponíveis nas unidades de saúde conforme nossa agenda no site da prefeitura. 


Em qualquer sintoma gripal, o usuário pode fazer o exame para Covid-19 nas Estratégia Saúde da Família (ESF)  e Unidades Básicas de Saúde nas diferentes regiões do município. Cada ponto tem seus dias e horários de atendimento


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